A Era digital que tanto assustou a sociedade nas últimas décadas está constituída e já não provoca grandes medos.

O domínio das novas tecnologias e mídias interativas já foi adquirido por grande parte da população, inclusive dos idosos que têm demonstrado interesse em aprender e utilizar esses meios.

Isso é muito positivo pois não há como fugir ou alienar-se sem qualquer prejuízo. Em contrapartida, muito se ouve falar em crimes como golpes financeiros, exposições não autorizadas de imagens e vídeos particulares, entre tantos outros. Isso acontece, muitas vezes, pela falta de conhecimento ou ingenuidade das vítimas.

As crianças e adolescentes, assim como os idosos são os mais suscetíveis a todos estes perigos oferecidos pela mídia.

O desafio agora é aquilo que eu chamo de “alfabetização e letramento virtual”. Assim como no mundo letrado, não nos basta decodificar as letras, é necessário compreender, estabelecer relações, inferir; no mundo virtual também há que se desenvolver a capacidade de “filtrar” no sentido de selecionar aquilo que nos é oferecido tão facilmente por meio da internet.

Este desafio envolve a sociedade como um todo. Não é um problema de fácil resolução. Estamos no momento de acomodação de todo esse tsunami de mudanças pelo qual o mundo está passando e a euforia da novidade ainda é muito presente.

Há que se pensar em propostas que envolvam toda a sociedade, numa força-tarefa para minimizar os impactos negativos. A escola tem um papel fundamental e o governo também.

Não bastam campanhas educativas passageiras e pouco profundas. Essa tomada de consciência e esse aprendizado deve ser trabalhado continuamente em forma de currículo nas instituições de ensino. As famílias também precisam atentar-se para esses perigos orientando seus filhos e seus idosos. Dessa forma o ônus poderá tornar-se insignificante diante do bônus de termos uma sociedade moderna, atuante e autônoma com relação ao uso das novas tecnologias.