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O papel do profissional resiliente em 2016

O fim do ano chega e mais uma vez renovamos nossas energias para o ano que se aproxima, fortalecemos nossos desejos e planejamos mudanças que nos farão chegar às metas almejadas. As perspectivas, geralmente, são as melhores possíveis. Imagina-se que, desta vez, não seria diferente. Ouve-se por aí pessoas “torcendo para 2015 acabar”. De fato, foi um ano difícil para o mercado brasileiro. O que temos de diferente neste caso são as perspectivas para 2016, predominantemente desanimadoras no que diz respeito ao nosso mercado e economia, conforme acompanhamos nos noticiários. Talvez o encanto do Réveillon nos ajude a esquecer destes problemas por um instante, ainda que muitos se deixem afetar pelo pessimismo (ou pelo realismo). Mas, então, eu lhes pergunto: o que importa mais, o problema ou a postura perante ele?

O modo como lidamos com as adversidades e com suas variáveis externas é responsabilidade nossa, de cada um; e envolve sua aceitação e pensamento acerca da questão, assim como as atitudes em prol da solução de forma otimista e não queixosa. Fica claro, então, quão relevante tem sido a resiliência das organizações em época de crise. E, sendo as organizações o reflexo das pessoas que a compõem, a resiliência torna-se uma grande vantagem competitiva para se manter um emprego e para a superação dos novos desafios deste mercado.

Podemos dizer que o profissional resiliente se mostra capaz de aceitar as dificuldades ou imprevistos e manter sua performance com calma, adaptando-se às adversidades e aplicando criatividade na solução do desafio. Ele tende a visualizar as dificuldades não como barreiras, mas sim como oportunidades de superação e desenvolvimento. Por isso, não fica remoendo o problema, reconhece que este não se resolverá sozinho e não espera por uma solução. Ele se responsabiliza e cria alternativas que o levem ao sucesso almejado, sem receio de mudanças, com otimismo e com foco em suas necessidades. Isto não significa que estas pessoas não tenham receio a situações de perigo ou crise, mas preferem acreditar na mudança e agir com foco em suas expectativas a reclamar e esperar para ver o que vai acontecer.

Considerando que o mercado brasileiro tem vivenciado frequentes quebras de contratos, imprevistos e diminuição de receita, entre outros abalos, torna-se necessário contar com pessoas que não percam o controle, recuperem-se após o tombo e suportem a pressão na busca por resultados. Equipes que assistam aos acontecimentos como espectadores ou críticos, podem abrir espaço à falência da organização da qual fazem parte e ampliam ainda mais seu risco de desemprego.

Pode parecer clichê, mas “em crise se cresce”. É justamente em momentos adversos que encontramos condições ao desenvolvimento desta competência. Para isto, conheça e foque em suas necessidades e objetivos, mantendo-se motivado e otimista quanto à sua capacidade de alcançá-los; evite simplesmente reclamar das coisas ou pessoas; procure visualizar o que você pode fazer para aproveitar, influenciar ou mudar uma situação a seu favor; afaste-se do pessimismo e da crença de que um problema se resolverá sozinho.

 

Fonte: Priscila Mota

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